desencanto
há muito
que não vejo a vida
com olhos de menino
não foi a vida
que passou com certa urgência
quem me deixou assim
tão amargo.
talvez os sonhos que sonhei,
talvez as palavras que não ousei.
sei lá...
© Ademir Antonio Bacca
do livro “Plano de Vôo”
há muito
que não vejo a vida
com olhos de menino
não foi a vida
que passou com certa urgência
quem me deixou assim
tão amargo.
talvez os sonhos que sonhei,
talvez as palavras que não ousei.
sei lá...
© Ademir Antonio Bacca
do livro “Plano de Vôo”
4 comentários:
Que delícia esta leitura despe-te neste livro?
Um enorme abraço,
tua leitura e amiga,
virgínia
Parabens! gosto do seu estilo...da forma breve que escreve e que diz muito...beijos e muita inspiração
"desencanteorias"
valéria tarelho
não sei
se o ser cinza-démodé
que me tornei
foi modelado às cegas
pelas mãos tiranas
da [im]pressão do tempo
ou se é produto
dos dedos trêmulos
de criança frustrada
cuja infância [doída]
foi toda ilustrada
em branco e preto
há muito
tento entender
o te[rr]or do tédio
contido na garatuja [fumê]
que me forja
e ofusca
~> "improvinspirado" aqui e agora, enquanto me embevecia com seu desencanto.
beijo, meu encanto e admiração que se renovam a cada [re]leitura.
Um poema forte e suave ao mesmo tempo.
Muito bom te ler, poeta!
Parabéns!
Um cheiro de cravo e canela...
Lu Oliveira
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