Vlado Herzog: o estopim para o fim da ditadura
Foi no dia 25 de outubro de 1975, que a ditadura militar começou a cair no Brasil. Naquele dia foi assassinado nos porões do DOI-CODI do II Exército de São Paulo, o jornalista Vladimir Herzog, o Vlado, que também era teatrólogo e professor da USP. Sua morte – que os militares tentaram vender a versão de suicídio – acabou acendendo o estopim da revolta popular que alguns anos depois devolveria os militares de volta aos quartéis.
No meu livro “Página de Jornal”, editado 1988, publiquei este poema em sua homenagem:
POEMA PARA VLADO HERZOG
No dia 25 de outubro de 1975
a vida te chegou ao fim.
“Suicídio”
disseram os que te mataram
numa sala de tortura do DOI-CODI.
A vida te chegou ao fim
companheiro
e eles pensaram que haviam conseguido
sufocar a tua revolta
com o cinto que prenderam
em teu pescoço
para te enforcar.
Calaram a tua voz
mas despertaram de vez a tua gente.
Ao te matarem, Vlado,
eles não sabiam o estopim
que estavam acendendo.
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