sexta-feira, abril 27, 2012

Arte: William Medeiros

CEM ANOS DE MAZZAROPI

Descendendo de italiano e português, Amácio Mazzaropi nasceu no dia 9 de abril de 1912, na cidade de São Paulo.  
Aos dezesseis anos, foge de casa para ser assistente 
do faquir de um circo. 
Em 1940, monta o “Circo Teatro Mazzaropi” e cria uma Companhia de Teatro. 
Era 1948, e Mazzaropi vai para a Rádio Tupi, onde estreia o programa “Rancho Alegre”. 
Em 1950, a televisão é inaugurada no Brasil e o programa “Rancho Alegre” é levado para lá, com grande sucesso. O produtor e diretor da Vera Cruz, que estava à procura de um tipo diferente e curioso para estrelar uma comédia, quando vê Mazzaropi na televisão, não tem dúvida e contrata-o para atuar em “Sai da Frente”.
Com o sucesso, ele passou a se dedicar apenas ao cinema. Participou de diversos filmes como contratado e, em 1958, fundou a sua própria companhia,  a “Pam Filmes, Produções Amácio Mazzaropi”.
O primeiro filme que produziu foi “Chofer de Praça”, que o obrigou a sair pelo interior fazendo shows para obter dinheiro para fazer as cópias necessárias para a exibição nos cinemas. 
O filme foi sucesso de bilheteria.
Montou seu estúdio na Fazenda da Santa, onde produziu suas as obras primas “Tristeza do Jeca” e “Meu Japão Brasileiro”.
Foi com o tipo ‘jeca”, um caipira cheio de malícia, 
que Amácio Mazzaropi levou multidões aos cinemas 
de todo país, tornando-se o maior comediante 
de todos os tempos da história do cinema brasileiro.
Morreu no dia 13 de junho de 1981, aos 69 anos de idade,  vitimado por um de câncer de medula, 
logo após iniciar sua 332ª produção, “Jeca e Maria Tromba Homem”. 
O império que construiu foi dilapidado pelos herdeiros após sua morte, com todos os seus bens indo a leilão, inclusive os filmes.

(Fonte: “Astros e Estrelas do Cinema Brasileiro”, de Antônio Leão da Silva Neto.)

desejo estranho

misturaram as coisas
dentro de mim
deixando-me
um confuso jogo
de luz & sombra
que se revela
ora real, ora fantasia,
mulher de mil faces
a perturbar um poeta
de incontáveis medos

misturaram as coisas
dentro de mim
deixando-me
um estranho desejo
de partir
sem sair do lugar

© Ademir Antonio Bacca

segunda-feira, abril 16, 2012


Arte: “Nefrectomia” © Danielle Manfredini

veias abertas

tantas
as veias
ainda abertas
em mim

tantos
os medos
que me ficaram
depois
que se abriram
os braços
e as palavras
abandonaram
o ninho

© Ademir Antonio Bacca
do livro: “Grito por dentro das palavras”
Arte: Lézio Júnior

“A alegria não chega apenas
no encontro do achado,
mas faz parte do processo da busca.
E ensinar e aprender não pode
dar-se fora da procura,
fora da boniteza e da alegria.”

PAULO FREIRE
(1921 - 1997)
Arte: Jorge Inácio

“Quando os eruditos
descobriram a língua,
ela já estava
completamente
pronta pelo povo.”

MILLÔR FERNANDES
1924 - 2012