quarta-feira, abril 26, 2006

a tua é lembrança
que se esvai à luz de velas

devagar,
doendo cada instante lembrado,
sangrando cada milímetro
de pavio queimado

a tua é lembrança
que eu queria que se fosse
com a pressa das águas dos rios

mas te vais devagar,
sem pressa nenhuma de ir,
deixando que eu me consuma
num fogo interior

à luz de velas.

® Ademir Antonio Bacca
* do livro: “Pandorgas ao Vento”

Um comentário:

Anônimo disse...

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