FERIDO DE MORTE
me deixe quieto
no meu canto
não toque no rádio
não mexa na ferida
nem provoque o sonho
deixe a noite
acontecer sem pressa
não fale meu nome
não atravesse a ponte
fique onde estás
e me deixe entregue
ao meu silêncio.
hoje,
eu calo por nós dois.
© Ademir Antonio Bacca
do livro: “Pandorgas ao Vento”
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