a tua é lembrança
que se esvai à luz de velas
devagar,
doendo cada instante lembrado,
sangrando cada milímetro
de pavio queimado
a tua é lembrança
que eu queria que se fosse
com a pressa das águas dos rios
mas te vais devagar,
sem pressa nenhuma de ir,
deixando que eu me consuma
num fogo interior
à luz de velas.
® Ademir Antonio Bacca
* do livro: “Pandorgas ao Vento”
Um comentário:
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