sexta-feira, março 02, 2007

da boemia

enquanto a noite for assim
(mistério)
por certo me encontrarás
brigando com meus fantasmas
ou a perambular minhas indecisões
pelas mesas dos seus bares

enquanto a noite for assim
(armadilha)
por certo estarei driblando o fio da teia
que ela tece com a pressa das horas
para surpreender os incautos

enquanto a noite for assim
(luz e música)
por certo me encontrarás
correndo todos os riscos,
seduzido pelo seu canto irresistível

© Ademir Antonio Bacca
do livro “Pandorgas ao Vento”

5 comentários:

Anônimo disse...

E eu tenho esse livro. Já soltei pandorgas assim... belo poema! Grande abraço, amigo.

Soninha Porto disse...

belíssimo amigo!

Jonice disse...

Que poema lindo!
:)

Anônimo disse...

É, bastante etílico.
Abraço.
:)

Benvinda Palma disse...

Ademir, grande mestre!

Por certo um dia a gente se encontrará nesses bares da vida...atraídos pela magia da música! Lindo poema..seu blog...sempre um encanto...um recanto de bela poesia!Poetabeijos/bemtevi