Teia
Está ali,
inerte sobre o sofá,
o teu cesto de tricô,
testemunha involuntária
da tua ausência que me dói,
faca afiada
sangrando o peito
no meio da noite insone
está ali,
inerte na madrugada,
o cesto
e inquieto estou eu,
preso irremediavelmente
na teia de fios
do teu inacabado tricô
© Ademir Antonio Bacca
* da antologia “Saciedade dos Poetas Vivos”
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