domingo, maio 21, 2006

do sal

do vazio da indiferença
bebo o que não me mata
a sede

cálice de emoções amargas
que me queima a garganta
feito aguardente de botequim
de beira de estrada

triste,
bebo a água salgada
do azul dos teus olhos

© Ademir Antonio Bacca
* do livro “Pandorgas ao Vento”

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