De ti
tem dias
que não quero nada
que não a tua mão no meu rosto
e o silêncio despreocupado
dos que não têm nada a dizer.
Outros dias
te quero com a ânsia
daqueles que querem saciar
fomes e sedes eternas
num mísero instante de prazer.
Tem dias
que de ti
não quero ouvir sequer a voz
e outros
que te quero por inteira.
Tem dias
que de ti
só quero o que de meu
se perdeu
no fundo do teu olhar.
© Ademir Antonio Bacca
do livro “Pandorgas ao Vento”
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