quarta-feira, julho 26, 2006

Foto: Liane Neves - Arte: Beto Rolim
CEM ANOS DE MARIO QUINTANA
No próximo domingo, o Rio Grande do Sul comemora o centenário de nascimento do seu poeta maior. A exemplo do que ocorreu no ano passado, quando comemoramos o centenário de nascimento de Érico Veríssimo, o estado todo mobiliza-se para reverenciar um dos maiores poetas brasileiros de todos os tempos.
Tive o privilégio de ter tido Mario Quintana como padrinho de lançamento do meu primeiro livro. Foi em 1976, quando juntamente com Vania Elizabeth Larentis e Jovino Nolasco de Souza lançamos "Uma Porta Aberta" no Salão Nobre da Prefeitura Municipal, dividindo a tarde com o também inesquecível poeta Oscar Bertholdo, que lançou o livro "Lugar". Dois anos depois Quintana nos prestigiou mais uma vez, a mim e a Vânia, quando lançamos em Porto Alegre, na Livraria Coletânea, o livro "Boca do Mundo". Por fim, meu último contato pessoal com o poeta foi quando estive em seu hotel, em 1988, para pedir-lhe autorização para que batizássemos a biblioteca de minha cidade natal, Serafina Corrêa, com o seu nome. Aproveitarei este espaço para recordar estes momentos postando fotos que guardo como relíquia.

2 comentários:

Luiz de Aquino disse...

"A vida é arte do encontro
Embora haja tanto desencontro pela vida" (Vinícius de Morais)

Bacca, amigo, é uma alegria enorme ler essa sua homenagem ao grande e inigualável Mário Quintana (há quem nos exija escrever "Mario", sem acento; não concordo: a língua tem suas regras e não será um escrivão ou pai desavisado quem quebrará tais regras). As fotos de seus três encontros e, depois, os três contatos à distância dão-nos a medida da definião de Vinícius: a vida é, sim, a arte do encontro.
Feliz é a nação que congrega (embora apenas na memória de nós, a minoria pensante e sensível) vultos de tão grande significado.

Parabéns à Nação Brasileira; parabéns aos gaúchos, povo-parte enriquecida por M.Q., e parabéns a você e a tantos mais que tiveram o privilégio do convívio com esse monumental Poeta!

Luiz de Aquino

Anônimo disse...

Ademir.

Tantos poetas existem, cada um com seu estilo. Uns "barrocos", rebuscados, difíceis de entender.
Lembram-me até as aulas de Latim no ginasial, quando tinha que passar para a "Ordem Direta". Outros simples, com linguagem sem floreios, mas que atingem o coração numa só flechada...
Para mim ( e já lhe disse inúmeras vezes),você é simples, sem enrolação e seus poemas descem redondos goela abaixo...
Um grande abraço, apertado, dessa sua amiga que de longe, de uma cidadezinha onde o vento faz a curva,o admira muito...
*** TUDO está lindo e de muito bom gosto no seu BLOG.