quinta-feira, julho 20, 2006

Soneto do Amigo

Enfim, depois de tanto erro passado
Tantas retaliações, tanto perigo
Eis que ressurge noutro o velho amigo
Nunca perdido, sempre reencontrado.

É bom sentá-lo novamente ao lado
Com os olhos que contem o olhar antigo
Sempre comigo um pouco atribulado
E como sempre singular comigo.

Um bicho igual à mim, simples e humano
Sabendo se mover e comover
E a disfarçar com meu próprio engano.

O amigo: um ser que a vida não explica
Que só se vai ao ver outro nascer
E o espelho de minha alma multiplica...

(Vinícius de Moraes)

2 comentários:

Claudio Eugenio Luz disse...

Meu caro, cheguei até aqui através do Menalton e, agora que estou, faço deste um dos meus favoritos.

hábraços,

claudio

Anônimo disse...

ilustre Ademir Bacca, teu blog é tuuuuudoooo de bom! um abraço, paulo bacca.