segunda-feira, março 07, 2011

repeteco

o tiro
que mata a esperança
ecoa na noite
feito disco falhado

repete a dor da noite anterior,
reacende a chama do medo
e tira o sono outra vez

o tiro
que rasga a carne
dói na manchete no jornal
de amanhã

© Ademir Antonio Bacca

2 comentários:

Débora Novaes de Castro disse...

Quanta verdade, Meu Deus!!!...Tema do nosso cotidiano sensibilizado nos versos do poeta.

Ricardo Mainieri disse...

Quantas balas perdidas ou direcionadas ainda vão ser gastas neste morticídio?
O cotidiano tem este travo amargo e muita coisa ainda vai ter de ser feita para que o Brasil seja habitado por autênticos cidadãos.
Poema forte que chama a atenção e clama pela mudança.