tudo vale a pena
te permitas
todos os desejos
e nenhuma culpa,
todos os prazeres
e nenhuma algema
te permitas
todos os sonhos
e nenhuma intenção de despertar
porque a vida,
do jeito que está,
não é fácil de se tocar
te permitas
todas as palavras
e nenhuma desculpa,
todas as viagens
e nenhum plano de voltar
te permitas
todos os gozos
e nenhum pudor
deixe que a paixão
te abrace do jeito que vier
porque a estrada da felicidade
a gente nunca sabe aonde começa
e nem onde vai dar.
© Ademir Antonio Bacca
do livro “O Relógio de Alice”
Um comentário:
Ademir...quanta beleza!
Chego a maturidade pensando assim..." porque a estrada da felicidade a gente nunca sabe aonde começa e nem onde vai dar".
De tudo tiro apenas alguns excessos em que guardo limites. Porque se faz necessário. E ainda assim, por vezes lamento essas algemas.
Abraço.
* Peço permissão para postar em meu cantinho...posso?
Postar um comentário