No silencio da luz,
reproduzo o som de minhas lembranças.
Já se foram os dias de primavera,
onde os sons, eram toda a sorte de risadas.
Foram-se também os verões,
tempo da colheita de anos amadurecidos,
dos frutos plenos e suculentos de energia.
Dos odores de pão quente.
Do sabor de vinho fresco.
Agora estou no outono,
a vida passa mais curta,
feito os dias desta estação.
Perscruto o meu interior,
reúno todas as boas lembranças.
As lembranças em minhas mãos,
são como as folhas, flores e frutos nesta estação.
Sua textura é aveludada.
E no silenciar dos sons desnecessários,
recolho as lembranças.
São os gravetos e folhas já quase secos,
caídos dos meus dias.
Arrancadas nos açoites de ventos e chuvas.
Guardo-os cuidadosamente.
Farei fogueiras nas minhas noites de meu inverno!
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