quarta-feira, janeiro 03, 2007

da parte que me coube

de herança
o tempo me deixou
apenas a saudade
que acalento
com versos desajeitados
em noites de invernia

o vento
que balança as janelas
traz palavras
esquecidas nos anos
que reanimam
o fogo da paixão
que eu julgara
ter ele levado
para outros recantos

de herança sobrou-me
a tua lembrança
que se faz água do mar
e sempre volta para mim.


© Ademir Antonio Bacca
do livro “O Relógio de Alice”

8 comentários:

Anônimo disse...

ADEMIR, COM TODO RESPEITO E CARINHO, SOBROU-ME ...algumas palavras, lendo vc!)

DO QUE ME RESTOU

Ficaram as tuas saudades
escondidas num quarto escuro
onde não abro a janela
para não despertá-las

O vento das recordações
muitas vezes insiste
não sei se entrar ou sair

Tranquei portas e janelas
joguei as chaves fora
e esta saudade
ah! esta saudade
jamais, jamais irá embora

Célia Jardim

Anônimo disse...

O tempo, o vento, as lembranças: alguns dos meus temas prediletos.
ademir, vou postar essa poesia lá no meu blog, com os devidos créditos, claro.
Excelente 2007

Na Mira da Rima disse...

o vento, sempre o vento... nosso fiel amigo das horas poucas e soprar-nos saudades no peito.

llindo, lindo!

feliz 2007

poetabraços

clauky

Anônimo disse...

Ler seu poema de passou calma.
Foi uma forte experiencia emocional.

flaviooffer disse...

bela poesia... Por si só, ela diz tudo.

Benvinda Palma disse...

Ademir!

Lindo poeta...sinto minha alma flutuar ao ler tão belos versos! Seu blog está divino!

Poetabeijos

benvinda

Anônimo disse...

"de herança sobrou-me
a tua lembrança
que se faz água do mar
e sempre volta para mim."

A saudade é um dos meus temas prediletos. Lindo teu poetar!
Um abraço
Vanda Facchini

Anônimo disse...

"de herança sobrou-me
a tua lembrança
que se faz água do mar
e sempre volta para mim."

A saudade é um dos meus temas prediletos. Lindo teu poetar!
Um abraço
Vanda Facchini