segunda-feira, fevereiro 21, 2011

nem todo poema

tem a pressa do rio

nem paciência

para moldar o caminho

ao redor da pedra


o poeta tem

tem a pressa da palavra


há dias

que ela flui fácil

tem vezes

que ela é mais dura

do que a pedra

no meio do rio.


© Ademir Antonio Bacca

Um comentário:

Andrea Lucia disse...

Belo!!
Adorei!

No meu caso, a palavra já se tornou diamante - de tão dura que anda...risosss (desculpe a brincadeira, mas as palavras não fluem mais)!

Beijos