quarta-feira, janeiro 02, 2008

teia

a noite cai
sobre mim
feito armadilha
tecida
de silêncios
e mais nada

nenhuma palavra
nenhum passo

só o tempo
tecendo a teia
com retalhos
da saudade

© Ademir Antonio Bacca
do livro: “Grito por dentro das palavras”

6 comentários:

Stella disse...

Tem um poema seu (não me lembro o nome) que ficará pra sempre em minha memória... Diz que as memória formarão um colchão pra aquecer quando chegar o frio dos anos. Que imagem fantástica!!
Este me traz um pouco a lembrança. Belíssimo.
beijos.
Vejo que 2008 começou bem :-)

Anônimo disse...

Caro Poeta Ademir Bacca,

Este poema é síntese do que a vida pode nos oferecer de belo. Abraço da Luiza De Marillac.

Ricardo Mainieri disse...

Bacca :

O poeta enreda-se numa teia de sensações & pensamentos, vertidos em versos musicais e líricos.
Persegues o mesmo minimalismo que minha poesia procura: dizer o máximo, com o mínimo de palavras.

Abraço.

Ricardo Mainieri

Unknown disse...

Recebo a noite com descaso,
Não durmo por acaso:
Só de cansasso ou no quente do teu braço.
De resto força faço,
Pra ser a noite só um passo,
Imperceptível sobre o dia;
Pingo preto sobre o espaço.

Anônimo disse...

Estou so passando, volto mais tarde pra ler com calma e absorver.
Bjins entre sonhos e delírios
http://reflexodalma.blogspot.com/

Anônimo disse...

Ade, adorei !
Seus poemas me enchem de plenitude!!
beijao e saudades,
Su