poeta, escritor, contista, jornalista, radialista, pesquisador e produtor cultural
segunda-feira, janeiro 31, 2011
da indiferença das cigarras
Cigarras anunciam
um verão que nunca esqueci,
em bosques que já não existem
nunca mais o aroma silvestre
da minha infância
nunca mais o barulho do riacho
e nem noites de vaga-lumes
cigarras cantam indiferentes
às lembranças que o poeta resgata
do seu baú de afetos.
© Ademir Antonio Bacca
do livro “Gritos por dentro das palavras”
Cigarras anunciam
um verão que nunca esqueci,
em bosques que já não existem
nunca mais o aroma silvestre
da minha infância
nunca mais o barulho do riacho
e nem noites de vaga-lumes
cigarras cantam indiferentes
às lembranças que o poeta resgata
do seu baú de afetos.
© Ademir Antonio Bacca
do livro “Gritos por dentro das palavras”

ACASO
ANTOINE DE SAINT-EXUPÉRY
1900 – 1944
Cada um que passa em nossa vida,
passa sozinho, pois cada pessoa é única
e nenhuma substitui outra.
Cada um que passa em nossa vida,
passa sozinho, mas não vai só
nem nos deixa sós.
Leva um pouco de nós mesmos,
deixa um pouco de si mesmo.
Há os que levam muito,
mas há os que não levam nada.
Essa é a maior responsabilidade de nossa vida,
e a prova de que duas almas
não se encontram ao acaso.
sábado, janeiro 29, 2011
terça-feira, janeiro 11, 2011
querer amar (eu e você)
©MARISA LY
eu não sei amar...
se soubesse, estava amando
com unhas e dentes
não sei pensar sobre o amor
porque penso que ele deveria ser
como o ar que respiro
não sei dizer dele senão vida,
existência... não sei dizer dele
além de senti-lo nas veias
das coisas todas que aprendi
entre medos e desordem
entre faltas e ausências
entre silêncios imensos
não aprendi a amar...
porque amar, não sei...
algo me diz que amar não tem que aprender
algo me diz que amar é maior
algo me diz que amar é... ser!
e, no entanto, amar
de repente
pode ser mais simples!
amar pode ser apenas querer!
©MARISA LY
eu não sei amar...
se soubesse, estava amando
com unhas e dentes
não sei pensar sobre o amor
porque penso que ele deveria ser
como o ar que respiro
não sei dizer dele senão vida,
existência... não sei dizer dele
além de senti-lo nas veias
das coisas todas que aprendi
entre medos e desordem
entre faltas e ausências
entre silêncios imensos
não aprendi a amar...
porque amar, não sei...
algo me diz que amar não tem que aprender
algo me diz que amar é maior
algo me diz que amar é... ser!
e, no entanto, amar
de repente
pode ser mais simples!
amar pode ser apenas querer!
antes que cante o galo
antes que toque o sino
antes que feche a porta
antes que a boca cale
antes que o corpo pare
antes que o coro desafine
antes que a paixão naufrague
antes que o tempo acabe
antes que o gatilho dispare
antes que o cálice transborde
antes que a chama da vela apague
antes que o cio acabe
antes que vida falhe
antes que o relógio desperte
antes que a estrada acabe
é bom que um de nós fale
© Ademir Antonio Bacca
de "Poesia do Brasil” – Volume 12
antes que toque o sino
antes que feche a porta
antes que a boca cale
antes que o corpo pare
antes que o coro desafine
antes que a paixão naufrague
antes que o tempo acabe
antes que o gatilho dispare
antes que o cálice transborde
antes que a chama da vela apague
antes que o cio acabe
antes que vida falhe
antes que o relógio desperte
antes que a estrada acabe
é bom que um de nós fale
© Ademir Antonio Bacca
de "Poesia do Brasil” – Volume 12
Assinar:
Postagens (Atom)