da preguiça
construo o amanhã
do jeito que dá:
é o sonho que tem pernas
e me leva pro lado de lá
não mexo na pedra
que atrapalha o caminho,
nem troco a palavra
que confunde o poema:
é o ponteiro das horas
quem apressa meu caminhar
construo o dia de amanhã
com o pouco que o hoje me dá:
é o canto atrapalhado do galo
quem diz a hora de acordar
não dou corda
no relógio parado,
nem reclamo se o coração dispara:
há um buraco na parede da memória
e por ele me fugiram algumas lembranças
e também se foi o ponteiro das horas.
© ADEMIR ANTONIO BACCA
da antologia “Poesia do Brasil” – Volume 12
Um comentário:
Como a poesia PREGUIÇA é meu seguimento na vida e poetico te deixo meus parabens pela bela poesia !!!!!!
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