quarta-feira, dezembro 08, 2010

RASGO PAPÉIS

© DALMO SARAIVA

Vou comendo trapos e tripas,
Mas por baixo dos panos
Guardo sonhos de vida.
Me presenteio o que posso
E aproveito os laços
Quando desamarro os embrulhos.
Rasgo papéis para não cruzar os braços.
Estico bem os passos
Sem pensar em encurtar o tempo.
Ajunto meus pedaços
Desse quebra cabeças
Sustentado pelo meu pescoço.

Um comentário:

Anônimo disse...

Beleza esse poema do Dalmo. Bem sacado. Ricardo Alfaya.