A pequena morte
© EDUARDO GALEANO
© EDUARDO GALEANO
Não nos provoca riso o amor quando chega ao mais profundo de sua viagem, ao mais alto de seu vôo: no mais profundo, no mais alto, nos arranca gemidos e suspiros, vozes de dor, embora seja dor jubilosa, e pensando bem não há nada de estranho nisso, porque nascer é uma alegria que dói. Pequena morte, chamam na França, a culminação do abraço, que ao quebrar-nos faz por juntar-nos, e perdendo-nos faz por nos encontrar e acabando conosco nos principia. Pequena morte, dizem; mas grande, muito grande haverá de ser, se ao nos matar nos nasce.
Um comentário:
Pô meu camarada, demorou mas postou um livro inteiro. Muito legal. Só implico com o Vargas no final. Acho que ele é um aristocrata iludido de que isso se chama democracia. Bacana como transparece tua alma de educador militante.Apareça.
Ps O Churchil era genial, né? Aristocrata de verdade.
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