sexta-feira, dezembro 19, 2008

posologia

da vida tenho provado
doses ousadas de paixões,
daquelas que marcam fundo,
mesmo que efêmeras,

daquelas que abrem caminhos
mesmo quando não levam
a lugar algum

tenho provado da vida
doses amargas de solidão,
daquelas que fazem da paixão
relógio de ponteiros cansados

da vida tenho provado
doses de sentimentos confusos
que as noites me servem
em goles desesperados

daqueles que viram tudo
de pernas pro ar
e depois se vão
no lamento do vento

tenho provado da vida
doses ousadas de paixão
mas do sonho,
eu sempre bebo a dose exata.

© Ademir Antonio Bacca
do livro “O Relógio de Alice”

3 comentários:

Em-conexão disse...

Olá tudo bem. Por sorte do destino, também sou folclorista e jornalista. Parabéns por ter um Blog criativo. Há quem tire ouro do lodo. Há quem tire bulas da vida. Quem diria hein... Não estamos em Terra de Cego, mas, às vezes, parece que só poucos enxergam em nosso chão. Poucos tem um olho. Olho que funciona, é claro. Precisamos descobrir esse nosso olho, pois, pelo contrário, estaremos unidos à multidão que se embarca eternamente na nau do conformismo. Desde já vou acompanhar o olho desse Blog. Bem pensado esse espaço. Nessa semana, no meu blog eu fiz uma poesia sobre as superações da vida, as pedras tiradas no caminho. Dê uma olhada.

Meu nome é Juliano Sanches, sou jornalista, colaborador do Portal Sorocult (www.sorocult.com), do Portal Comunique-se (www.comunique-se.com.br), da revista on-line Guaruçá (www.ubaweb.com), e do Portal Mário Lincoln do Brasil (www.mhariolincoln.jor.br). Sou colunista do Jornalzen (www.jornalzen.com.br), de Campinas. Escrevo esporadicamente para o Jornal Correio Popular de Campinas (www.cpopular.com.br). Tenho um blog, chamado "Casa do Juliano Sanches". Trata-se de um espaço de reflexão sobre temas como qualidade de vida, natureza, ecologia, espiritualidade universalista, viagens, lugares do Brasil, experiências místicas, músicas de diferentes estilos, ruralismo, jornalismo, psicologia, peças de teatro, livros, autoconhecimento,
autoajuda, autoafirmação, resistência cultural, vida em harmonia, paz, estudos, observações diárias, poesia, geração de visibilidade para as pessoas mais excluídas, culturas do povo e folclore. Comecei a fazer algumas experiências de coleta de informações. Durante os finais de semana, eu dedico uma parte do tempo à observação e ao acompanhamento dos coletores de lixo de Campinas. Já fiz amizade com alguns deles. Com as experiências, eu iniciei uma reflexão sobre a falta de visibilidade dos trabalhadores braçais. No blog Casa do Juliano Sanches (http://casadojulianosanches.blogspot.com/), eu também dediquei um espaço ao tema. O meu objetivo é verificar como são as relações sociais entre coletores de lixo e a população que anda pelas ruas de Campinas. Fiz algumas comparações entre carroceiros, profissionais de limpeza de banheiro, garis e margaridas. Pude perceber que são pessoas receptivas. Apesar de vivenciarem uma situação de anonimato, produzida pelos dispositivos da sociedade, eles aindam conseguem, mesmo que minimamente, manifestar suas visões a respeito das condições de sobrevivência nas cidades industrializadas. Fiz algumas fotos de dois dos garis que acompanhei. As imagens dos rostos deles fazem uma representação evidente das dificuldades vivenciadas pelas ruas, principalmente o cansaço e o abandono da sociedade.

Visite minha Casa, quando puder.

O endereço é:

(http://casadojulianosanches.blogspot.com/).

Um grande abraço.

Efigênia Coutinho ( Mallemont ) disse...

Ademir Antônio Bacca ao acaso cheguei neste espaço,
aqui encontrei o que procurava, boa poesia.
Foi gratificante ler seus belíssimos versos, onde a rima vai solta,leve .
Deixo meu convite para conhecer meu lugar de poesia, com admiração,
Efigênia Coutinho
http://efigeniacoutinhopoesias.blogspot.com/

Marisa Ly! disse...

Eu quero ganhar este livro...
MLy!