assim feito um velho disco
falhado...
todo amanhecer
fecho portas e janelas
da casa,
boto uma tranca
no coração
e deixo que meus passos
me levem ao seu bel prazer
na beira do cais
abro o corpo em velas
e a imaginação me leva
por sonhos antes nunca
navegados
todo fim de dia
recolho as velas
recoloco meus pés no chão
e volto sobre os meus
passos
reabro portas e janelas,
tiro a tranca do coração
e deixo a tua saudade
abrir suas asas pesadas
sobre meu corpo...
© Ademir Antonio Bacca
Do livro: “Grito por dentro das palavras”
4 comentários:
que beleza, ademir
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Adorei o poema, principalmente o final! Parabéns
Que lindo Ademir! se aparecer comente repetido é culpa do login!
como diria Décio Pignatari: todo o poema é uma viagem. uma viagem planificada.
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