segunda-feira, julho 18, 2011


daquilo que me entristece

o real
e a fantasia
andam dentro de mim
de mãos dadas
irmanados
na irresponsabilidade
da palavra
sem compromisso

nem com regras
nem com rimas

então
o grande circo humano
que me cerca
me entristece
com a sua falta de tato
e por mais que me atraia
o vôo no escuro do poema,
tem dias que o balanço
do trapézio
não me apetece

© Ademir Antonio Bacca

Um comentário:

Ricardo Mainieri disse...

O grande circo humano tem de tudo. Desde palhaços engravatados dilapidando o patrimônio nacional, passando pelo povo que engole fogo até chegar às bailarinas que tecem a sua arte debaixo de luz vermelha.
Um belo poema de luta, Bacca!

Abraço.

Ricardo Mainieri