sábado, agosto 30, 2008

PARCERIA CHEGOU AO FIM

Na minha terra se diz que quem tem parceiro é boi de canga. Não sei se pelas muitas coisas que puxamos juntos, um jornal, um programa de rádio, um projeto editorial, a verdade é que eu e HARY DALLA COLLETTA fomos parceiros sim por quase três décadas. Primeiro ele veio trabalhar comigo no Jornal LACONICUS, depois com ele publiquei onze livros de uma série folclórica que se tornou grande êxito de vendas em toda a nossa região, atravessou as fronteiras do estado e se espalhou por aí. Ele foi para o rádio antes, quando ainda estava no jornal. Fez um programa de música e folclore italiano de grande sucesso na época. Até então, o rádio não me atraía, só me pegaria muitos anos depois, quando o LACONICUS já encerrara o seu ciclo. Nas minhas folgas no “Programa Sem Nome”, quando eu tinha que viajar para algum evento cultural, era ele quem me substituía. Até que passou a fazer parte efetiva do programa e nele permaneceu até o início de 2007, quando deixamos o programa juntos.
Grande contador de histórias, dono de uma memória privilegiada que trazia a história de nossa cidade na ponta da língua, eterno insatisfeito, um homem de muitas dores físicas, sua voz calou para sempre na noite do último dia 28, vitimado por um câncer.
Primeiro a Dercy Gonçalves, depois o Hary... as coisas devem estar muito divertidas no outro lado da cerca.
Foi-se a parceria. Ficaram os livros, belas lembranças e tantas histórias ainda por contar.

11 comentários:

Anônimo disse...

Ade,
Fico muito triste ao saber da morte do teu companheiro.
O que sempre fica são as boas lembranças. Penso que fomos feitos exatamente para isso: para compartilhar bons momentos e tbém para valorizar e saber lembrar das coisas boas que ficaram na nossa memória.
Pois ainda tenho uma lembrança do Hary: a foto em que saímos juntos no jornal Pioneiro, quando do lançamento do teu "Plano de Vôo", em junho de 2004, aí no salão nobre da prefeitura de Bento.
Sabe qual é o pior problema de tudo isso?
É que agora somos nós que estamos na linha de frente!
Mas não há de ser nada, como dizem os gaudérios... Vamos em frente.
abraço
Rejane Romani Rech

SAM disse...

O céu está em festa! Mas ter convivido por três décadas com esta pessoa que você descreveu com tanta admiração e carinho foi um privilégio.


Abraço


P.S Ah, e enviei tantos emails interessada na coletânia de seus livros tanto de folclore, como de poesias e não obtive retorno...E gostaria tanto! Pois gosto de livros, de folheá-los, estar sempre em contato...São meus fiéis e inseparáveis companheiros.

CASSIANE SCHMIDT disse...

Sinto pela "passagem" do seu amigo!
Estamos sempre ensaindo despedidas, a vida, pode ser comparada, as vagas do mar... Um vai-e-vem initerrupto, uns vão, outros chegam!

Abraços

david santos disse...

Olá,
As minhas sinceras saudações para o teu amigo. Pois homens como ele jamais morrerão.
Abraços.

Chris Herrmann disse...

Lamento muito a notícia por você e por todos aqueles que tiveram o prazer de conhecer seu amigo de perto. Passei, recentemente, por uma enorme perda e sei como nos sentimos. Mas que as lembranças positivas sejam a força que precisamos num momento difícil como este.

Um abraço solidário.
Chris

Anônimo disse...

Olá!
Adoro sua poesias!!
Beijos
http://sex-appeal.zip.net

Priscila Lopes disse...

Aqui em baixo a vida continua.

Seus últimos posts todos foram sobre quem partiu...

Mas tem muita gente boa que ficou. Você, por exemplo, com ótimos poemas.

Abraços, apareça no Cinco Espinhos.

Luiz de Aquino disse...

Amigo Bacca,

A dor da ausência há de ser suprida, com muito custo, pela alegria da longa convivência. Deus há de colecionar, sim, os que trabalharam toda uma vida pela felicidade do próximo - e Hary, sem dúvida, foi um.

Abraços,

Luiz de Aquino

Anônimo disse...

Triste ver uma parceria destas desfeita... Mas, fazer o que?? É a vida que segue... Ao menos, como vc mesmo disse, ficam os livros, as recordações e as lembranças.
Meus sentimentos,
Andrea.

Joaquim Branco disse...

Ademir,
excelente o seu blog.
Foi uma viagem e tanto.
Parabéns.
Abraço
do
Joaquim

Unknown disse...

Bacca...

É fácil viver...
Difícil é saber que do outro lado da cerca as coisas devem estar muito boas, e sequer as podemos ver.
Tomara que tudo por lá esteja cada vez melhor, pois um dia pularemos esta cerca também...
E nem se quer sabemos se de lá, poderemos rir e bendizer os bons caminhos dos que ficam ainda por cá por mais algumas decadas...
Grande beijo e meus respeitosos sentimentos por esta perda!
Vallentine (poetisa menor)