Arte: Liberati
PRA DECIO
© IGOR ALVES
Quando morre um
poeta
a cidade fica
menos
concreta
Quando morre um
poeta
a própria
linguagem
se aquieta
Mas ele não
morre
não, sua vida é
inscrita na
pedra
Vai-se o corpo
Vai-se o pouco
de volta pra
terra
fica a
efemeridade
eterna
seus monumentos
de palavras
sua arquitetura
de idéias
a tradução
a traição
desse nada
que funda
que finda
a mentira
da matéria
quando morres
poeta
nasces
para o paraíso
da memória
da história
o final
a finalidade
do mistério
da nossa
Miséria
Nenhum comentário:
Postar um comentário