daquilo que me prende
é noite
e repouso o corpo
no silêncio das palavras
que não vêm
(a palavra que acalma o gesto...
a palavra que embala verso)
é noite,
fecho o livro
e repouso o corpo
na busca da lembrança que me falta
(vestígios da cidade que o concreto escondeu...
a voz dos amigos que o tempo calou)
é noite
e meu corpo tem amarras
que o prendem à beira do cais
© Ademir Antonio Bacca
Do livro “Grito por dentro das palavras”
Um comentário:
A noite e seus sortilégios, como disse Bandeira. Belo poema! Abs. Ricardo Mainieri
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