daquilo que me entristece
o real
e a fantasia
andam dentro de mim
de mãos dadas
irmanados
na irresponsabilidade
da palavra
sem compromisso
nem com regras
nem com rimas
então
o grande circo humano
que me cerca
me entristece
com a sua falta de tato
e por mais que me atraia
o vôo no escuro do poema,
tem dias que o balanço
do trapézio
não me apetece
© Ademir Antonio Bacca
Um comentário:
O grande circo humano tem de tudo. Desde palhaços engravatados dilapidando o patrimônio nacional, passando pelo povo que engole fogo até chegar às bailarinas que tecem a sua arte debaixo de luz vermelha.
Um belo poema de luta, Bacca!
Abraço.
Ricardo Mainieri
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