encantamento
contemplo em silêncio
teu corpo inerte
que o claro de lua
revela
na noite insone
nenhum galo cantor
nenhuma música vindo de longe
a quebrar o encanto dos meus olhos
só o silêncio
e o movimento
dos meus dedos
desenhando o mapa
do teu corpo
© Ademir Antonio Bacca
do livro: “Grito por dentro das palavras”
17 comentários:
Este poema sim, encanta pela ternura...Lindo!
Beijos, poeta.
Que maravilha de poema, e em perfeito diálogo com a imagem. Adorei
Abraços desde a Galiza
Concha Rousia
Fiquei feliz com a sua recuperação. A volta das suas postagens enfeita novamente a blogosfera com boa poesia.
Coloquei com prazer o link do seu blog NA DANÇA DAS PALAVRAS.
Grande abraço!
Bem vindo guerreiro
Puxa...lindos versos.
Bjins entre sonhos e delírios
Ademir!!
Saudade de voce!!!
Que bom que a fase dificil esta passando....
Ademir....
Encantamento é o momento solene que o poeta transcreve de forma plena... uma alforria da alma onde se grafa a total descoberta.
Parabéns pelo blog e pelos escritos.
Um abraço.
Renato Baptista
Feliz retorno, meu amigo!
Lindos versos, carregados de Poesia!
Abraço poético!
Jussára
Ademir,
è uma grande satisfação ler teus versos, este poema é belissimo!
Fico feliz com o teu retorno. Desejo que a cirurgia tenha sido um sucesso.
grande beijo
Andréa
Caríssimo,
Retornar desta forma, poético e apaixonado... Bom demais tê-lo novamente. Estava com saudade dos teus versos.
Muita Luz em seu caminho.
Abraços na alma
Olá, Bacca. Parabéns pelo poema. Voltou com força total. Abraços da Isabel.
Belo poema!
Assim que fui lendo... a imagem da sua escrita foi sendo esculpida na minha mente.
Parabéns!
Beijos,
Andrea
Oi Ademir, vim conhecer teu espaço e fiquei encantada com os teus poemas. Parabens. Beijos
A sutileza para enfocar o erótico, as imagens diáfanas, o sentimento emergente na manhã do desejo.
Poemótimo!
Abraço.
Ricardo Mainieri
Sim Bacca... O poeta é luz dentro da palvra!!! Ave poeta poeta Gaucho! Estive aqui!
Abração.
Paulo Ednilson
Ademir,
Parabéns pelo poema!Na verdade, o amor é da ordem do silêncio. Quanto à frase do Bandeira, tenho um poema que diz assim:
CARTA A UM POETA (VICTOR COLONNA)
Posso recusar a palavra
Mas não impedir o poema.
Às vezes nem recuso
E vem ao mundo um poema sujo
Contaminado em suas estruturas
Poema para ser esquecido no fundo de alguma gaveta
Como louco trancado num porão.
Posso recusar a palavra
Mas o poema tem verdade intrínseca,
Vida independente.
O poema não precisa ser bom
O poema não precisa de público
O poema não precisa do poeta
Não precisa nem ser poema para ser poema.
Às vezes, antes da tempestade
Desce um relâmpago
E a verdade se faz tão rápida
Que não é possível capturá-la.
Esse não-poema é poema também
Como é filho aquele que foi abortado.
Luto com palavras
Piso num terreno minado
Não existem mapas
O poema é quem escolhe o poeta.
Belíssimo poema!
Imagem linda!
Maravilhosa a última estrofe!
Verluci
Postar um comentário