poeta, escritor, contista, jornalista, radialista, pesquisador e produtor cultural
quarta-feira, agosto 30, 2006
terça-feira, agosto 22, 2006
Em 21 de agosto de 1989, morre Raul Seixas, um dos grandes músicos brasileiros. "Raulzito" gravou mais de 20 discos, teve cinco esposas e sofreu com o alcoolismo, que lhe rendeu uma pancreatite aguda, motivo de sua morte. Seu estilo fundiu o rock com todos os ritmos brasileiros, do xote ao baião.
Medo da Chuva
É pena
Que você pense que eu sou
seu escravo
Dizendo que eu sou seu marido
E não posso partir
Como as pedras imóveis na praia
Eu fico ao teu lado sem saber
Dos amores que a vida me trouxe
E não pude viver
Eu perdi o meu medo
Meu medo, meu medo da chuva
Pois a chuva voltando pra terra
Traz coisas do ar
Aprendi o segredo
O segredo, o segredo da vida
Vendo as pedras que choram
sozinhas no mesmo lugar
E não posso entender
Tanta gente aceitando a mentira
De que os sonhos desfazem
Aquilo que o padre falou
Porque quando eu jurei
Meu amor eu traí a mim mesmo
Hoje eu sei que ninguém nesse mundo
É feliz tendo amado uma vez
Uma vez
Eu perdi o meu medo
Meu medo, meu medo da chuva
Pois a chuva voltando pra terra
Traz coisas do ar
Aprendi o segredo
O segredo, o segredo da vida
Vendo as pedras que choram
sozinhas no mesmo lugar
Vendo as pedras que choram
sozinhas no mesmo lugar
Vendo as pedras que sonham
sozinhas no mesmo lugar
© Raul Seixas e Paulo Coelho
quinta-feira, agosto 17, 2006
quarta-feira, agosto 16, 2006
segunda-feira, agosto 14, 2006
rever os erros
mostrar as feridas
abrir gavetas
soltar os bichos
e acertar as contas
com os fantasmas
escondidos no armário
rever a vida
esquecer os medos
negar tantas vezes
quanto necessário
os amores ingratos
rever os sonhos
exibir as marcas
fechar as portas
soltar de vez o grito
e depois dormir em paz
© Ademir Antonio Bacca
domingo, agosto 13, 2006
sábado, agosto 12, 2006
De repente,
um sorriso...
um abraço...
uma palavra de amor.
Coisas tuas
que me fazem esquecer
o cansaço e a insônia.
Coisas tuas que lembram
que dividimos um mesmo sonho,
um mesmo drama.
De repente,
um sorriso...
um abraço...
um beijo.
Coisas tuas
que me lembram
uma ternura esquecida,
perdida no tempo.
Em mim
e em ti.
© Ademir Antonio Bacca
do livro “Asas e Coração”
sexta-feira, agosto 04, 2006
há gente alegre nas ruas
onde alguns queriam
que houvesse silêncio
e mais nada
há vida que pulsa
sobre rodas antigas
onde alguns queriam
que houvesse medo
e mais nada
corações rebeldes
ainda pulsam em meio ao caribe
há música e poesia
nas ruas da velha havana
onde alguns queriam
que houvesse silêncio
e mais nada.
Havana, 04.02.002
© Ademir Antonio Bacca
do livro: “Plano de Vôo”